sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"E assim chegar e partir...

... são só dois lados da mesma viagem".

Quarta-feira, chegou minha irmã, Danielle.
Amanhã, sábado, retorna a Maceió minha mãe.

"A plataforma dessa estação
é a vida desse meu lugar..."

Encontros e despedidas que se sucedem.

Como é importante a presença de nossa mãe no momento em que vamos dar à luz.
A minha esteve presente em todos os meus partos, foi sempre quem deu o primeiro banho nos meus filhotes.
Desta vez não foi diferente.
É sempre uma tranquilidade tê-la por perto depois de uma cesárea, com aquela dificuldade toda de se movimentar normalmente...
Meu sentimento é de profunda gratidão.
Enfim, agora minha mãe retorna a Maceió e esperamos logo nos encontrar de novo.

Ficamos na alegre e atenta companhia de minha irmã, Dani.
Certamente teremos belos dias e muitas histórias para contar.

Mapa astral

Esta semana, Bruno ganhou seu mapa astral.
Nossa amiga (e astróloga) Flor, a partir dos dados de seu nascimento, construiu e indicou as principais influências astrais do momento em que ele chegou ao nosso mundo.
Como já sabemos, Bruno é leonino, tem a Lua também em Leão e ascendente em Virgem.
Segundo Flor, tem também fortes características piscianas, é de elemento fogo e, por isso, trará muito entusiasmo a nossa casa (que lindo!!).
Disse, ainda, que Bruno gostará de estórias, músicas e teatrinhos. Ah, também de passear!
É o nosso bebê!!! :-)
Achei legal também porque foi Flor que fez a primeira leitura do meu mapa astral, em 1997... e agora faz o mesmo com nosso filhote.
Muito grata, amiga.

Soluços

Não gosto mesmo dessas coisas que os bebês têm e que ninguém sabe dizer de onde vêm e, muito menos, como solucionar.
No Bruno, o exemplo é o soluço.
De uma hora para a outra, sem mais nem menos, ele começa a soluçar "hic, hic,hic..."!
Não adianta dizer que é do frio... não é mesmo!
E ninguém sabe dizer o que fazer para parar.
No caso do Bruno, pára quando o amamento.
Pelo menos isso.
Mais desesperador deve ser nos casos dos bebês que têm muita cólica e nada se consegue fazer para aliviar...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mais duas coisinhas...

Há mais dois registros importantes que preciso fazer.
São meio que "recomendações técnicas" mas, para as pessoas que ainda serão mães (como minha cunhada Ju), certamente terão utilidade.
O primeiro deles é sobre a preparação para a amamentação.
Quando eu tive Mariana e Pedro, a orientação era que, durante toda a gravidez, deveríamos usar, no banho, uma "bucha" para tornar mais ásperos os bicos das mamas, tornando-os, então, preparados para quando o bebê fosse sugar ao nascer.
Lembrando disso, logo no início da gravidez do Bruno, comprei a tal bucha.
Mas, Deus é pai e, reconhecendo que já fazia bastante tempo de minha última gestação e pensando que muitas orientações deveriam ter mudado, procurei ler bastante e participei de algumas palestras com pediatra e enfermeira indicados pelo meu obstetra.
E o que descobri??? Que deveria aposentar IMEDIATAMENTE a minha bucha nova!!!
Na realidade fiquei feliz, pois aquele troço realmente é muito doído de se usar...
A grande descoberta é que o próprio corpo produz um óleo que protege as mamas e as prepara para o início da amamentação. Ao usar a tal bucha, a única coisa que conseguimos é eliminar essa proteção natural e eficientíssima, presente de papai do céu, e antecipar o ferimento e rachaduras para antes até de iniciar a amamentação.
Ou seja, não devemos usar buchas e, quando o bebê nasce, nem sequer sabonetes e óleos é bom passar, para não eliminar essa maravilhosa proteção que naturalmente já temos e que ajuda a não causar machucados e consequentes dores na hora de amamentar.
Outro grande aprendizado sobre esse tema foi que existem posições que devemos colocar o bebê e que são mais apropriadas para a amamentação.
Acho que não vou conseguir descrevê-las aqui... mas elas existem e ter essa informação é realmente bem importante, pois também contribuem muito para nosso conforto e prazer na hora de amamentar.
Amamentei Mariana e Pedro até seis e sete meses, respectivamente. Mas, no começo, tenho de confessar, sofri! Resisti bravamente até cicatrizar e depois tudo transcorreu bem, mas o princípio foi doloroso. Muitas mulheres certamente passaram por isso.
Agora, com essas orientações, a diferença é enorme.
Não tive nenhuma rachadura até agora e a amamentação, desde o princípio, tem sido momento de alegria e conexão total com o pequeno Bruno. Sem lágrimas, sem dor.
Para as pessoas de Brasília que tiverem interesse, assistam às palestras da enfermeira especialista em amamentação, Soyama. Fui a duas palestras com ela e ainda recebi uma visita dela no hospital, a pedido do Dr. Guaraci. Foi ótimo. Já com o Bruno nos braços e ela me dizendo direitinho como ele tinha de ser posicionado para que ficássemos ambos bem.

O segundo registro é sobre a polêmica posição ideal para o bebê dormir.
Mais uma vez fazendo referência ao tempo em que Mari e Pedro nasceram: nessa época, o consenso era que os bebês deveriam ser colocados para dormir de bruços, para evitar que se engasgassem durante o sono e também porque essa posição ajudava a "fortalecer o pescoço", dar mais firmeza.
Pois bem, agora essa posição é abominada por todos os "entendidos" em bebês.
Mas isso não significa que exista um consenso. Uns dizem que o correto, de acordo com pesquisas feitas nos EUA nos últimos xxx anos, é que os coloquemos para dormir de barriga para cima!!!
Outros, discordando, dizem que o certo mesmo é deixá-los de ladinho pois, de barriga para cima o risco de "o leite voltar" e o bebê engasgar é grande.
Pois bem, eu fiquei com esta última "certeza".
Acho muito estranho deixar o bebê com a barriga para cima.
Sei lá, é só por intuição, mas prefiro colocá-lo de ladinho mesmo. E ele tem gostado de ficar assim.
O pediatra do Bruno disse que, na verdade, eu seguisse o que achasse certo, pois em toda experiência dele como médico pediatra (28 anos de "praia"), nunca viu um caso sequer de bebê que morresse engasgado com o leite por causa da posição de dormir. Segundo ele, quando isso acontece, é porque existe algum outro fator, como caso mais grave de refluxo, problemas que já vêm desde a gestação, coisas assim...
Portanto, fiquemos tranquilos e à vontade para escolher, junto com nossos bebês, a posição que ele mais gosta e que nos deixe mais calminhas.
Claro que as idas frequentes até o berço para ver se ele está respirando vão continuar :-) ...
Mas isso também é normal!

domingo, 22 de agosto de 2010

Algumas dicas e aprendizados

Passados 12 dias do nascimento de nosso bebê, paro agora para registrar alguns dos aprendizados que tive nesses primeiros tempos da "Era Bruno".
Nos primeiros dias, desde a saída do hospital, o momento era de adaptação.
Bruno mamava bastante, em horários ainda não regulares e, quando estava acordado, era durante a noite.
Eu e Juarez, juntos, passamos as primeiras madrugadas em claro, olhando e acalentando a nossa "cria".
Durante a gravidez, eu havia procurado bastante por um "moisés", para que o bebê pudesse ficar conosco, pelo menos nos primeiros meses (o berço dele é muito grande, não caberia em nosso quarto).
E, para minha surpresa, o Bruno simplesmente não queria dormir no moisés durante a noite. Durante o dia ele até ficava, mas à noite...
E não era que sentia cólica, como é comum em muitos bebês. O chorinho dele não era seguido daquelas contorções típicas de quem sente dor, mas uma reclamaçãozinha de quem diz "me tira daqui!".
Até porque, por mais que os médicos insistam em dizer que cólicas são "normais" até os 3 meses e que não tem relação comprovada com a alimentação da mãe, eu SEI que tem. Portanto, não comerei feijão, couve, repolho e brócolis até que Bruno complete 3 meses. Já fiz a experiência quando a Mari nasceu e é "tiro e queda". Portanto, Bruno não teve até agora e não terá cólicas.
Na realidade, voltando ao assunto das nossas noites, o que percebo agora é que ele não queria era dormir, mas ficar conosco um pouco. Nada errado com isso. O problema era a hora escolhida...
Passei a observar, então, que o horário em que ele dormia melhor era após o banho, que estava sendo dado, por minha mãe, próximo ao meio-dia. Tomei uma decisão. Mudaríamos o horário do banho dele para o final da tarde. Quem sabe melhorava a qualidade do sono (dele e nossa) durante a noite!!!
Deu certo!!!
Bruno passou a dormir, no moisés, quase toda a noite, com algumas interrupções a cada três horas para as mamadas e trocas de fraldas e, a partir das 3h, prefere ficar mais pertinho de nós, sentindo nossos cheiros e ouvindo os sons de minha barriga, como quando estava ainda guardadinho no útero.
As noites passaram a ser muuuuito mais tranquilas.

Logo que acabou a licença paternidade (15/08), Juarez teve de fazer uma viagem, a trabalho, para Fortaleza. Passaria cinco dias.
Antes de confirmar que o faria, mais ou menos uma semana antes do nascimento do Bruno, tinha pedido minha opinião.
Eu, mulher forte e independente, havia dito que ele deveria ir, sem problemas.
Pois bem, chegou o dia 15 de agosto e ele arrumando as malas, fazendo os últimos preparativos para iniciar a viagem. Já durante o dia, quando essa movimentação começou, meu coração foi ficando apertado, apertado...
Fui me controlando como dava, mas a vontade de chorar era grande.
Não era sentimento de abandono ou coisa que o valha. Era uma dorzinha de saudade anunciada mesmo.
Só pensava que não é justo que a licença paternidade seja de apenas cinco dias!!! Tinha de ser de pelo menos um mês!!!
Pois bem, chegada a noite de domingo, despedidas de Juarez e de dona Clara, que também viajaria de volta a Fortaleza (fiquei realmente muito feliz por ela ter vindo receber o neto!! ao menos consegui dizer isso a ela!), já não consegui me conter. Vexame total. Chorei, chorei, chorei e não consegui parar!! Lá se vai, literalmente por água abaixo, toda minha força e independência!!!
Juarez ficou meio sem saber o que fazer, mas disse-lhe que ficaria bem e nos despedimos.
Acho que ainda chorei até o dia seguinte... puro banzo, saudades do meu grande e querido companheiro. E a semana foi passando, com eu fazendo uma verdadeira contagem regressiva dos dias que ainda faltavam para meu querido voltar, o que aconteceu na última sexta-feira. Que alegria!!!

Na sua segunda semana de vida, Bruno está com os horários bem mais organizados, com intervalos de 3h, em média, entre as mamadas.
Tem se mostrado um bebê calmo, tranquilo, LINDOOO!!!
Já tomou as primeiras vacinas (quase chorei junto com ele!!!) e fomos à primeira consulta com seu pediatra, Dr. Antonio Carlos, no dia em que completou uma semana de vida.
Na consulta, tudo correu bem. O médico o examinou inteirinho e confirmou que está tudo perfeito e que ele está ótimo, com tudo bem desenvolvido e funcionando bem.
Orientou que eu me adapte aos horários dele, coisa que passei a fazer desde então. Por exemplo, tenho tentado dormir em alguns momentos do dia, para ficar melhor com ele quando desperto.
Disse que não precisamos usar pomadinhas para evitar assaduras, que não devemos, em hipótese alguma, colocar luvas nas mãozinhas do bebê e tampouco dar chupetas a ele.
Afirmou que o fato dos bebês sugarem suas mãos é apenas a continuidade do que faziam quando ainda estavam no útero e que essa sucção faz parte do desenvolvimento emocional dos bebês. Portanto, não devemos interferir nesse processo. Com o passar do tempo, eles mesmos deixarão de fazê-lo.
Ao pesar o bebê, constatou que praticamente já recuperou o peso que tinha ao nascer (Bruno nasceu com 3,120kg, saiu do hospital com 2,820kg e estava no momento com 3,030kg), ou seja, o leite está ótimo e ele está mamando muito bem.
Com relação ao tempo seco, com umidade próxima dos 20%, em que Brasília se encontra, a indicação é que, estando a mãe hidratada, o bebê também estará.
Portanto, NADA DE UMIDIFICADORES!!!! Esses aparelhos servem apenas para atrair ácaros e outros seres que adoram umidade e não hidratam ninguém mais. Caso sintamos secura no nariz, sejamos bebês, crianças ou adultos, o ideal é o uso de soro fisiológico para hidratá-lo diretamente e só. Quanto ao resto do corpo, para os adultos e crianças, tomar água durante todo o dia. Para o bebê, a amamentação costuma ser mais que suficiente (se a mãe estiver bem hidratadinha, claro!).
Ao sair do pediatra, eu, minha mãe e Bruno, fomos ao meu obstetra, para tirar os pontos da cirurgia.
Também estava tudo bem comigo e dr. Guaraci pediu que voltasse lá 30 dias após o parto, ou seja, 10 de setembro.
No dia seguinte, Bruno fez o teste do pezinho. A coleta foi feita em casa mesmo (que bom!).
E eu reiniciei o acompanhamento com o cirurgião vascular, a fim de retomar o controle da taxa de coagulação do meu sangue, pois retomei o uso do anticoagulante oral.

Recebemos algumas visitas no decorrer desses dias, de minhas queridas sobrinhas Júlia, Raquel, Lud e Amanda, amigas da Mari; da amiga Tati (com sua filha Bárbara ainda na barriga!); de nossa amiga amada Nath, dos queridos Cleo e Marcus (neguinho), além de muitas mensagens e telefonemas de pessoas tão especiais que são nossos amigos e amigas.
Destaque, não poderia deixar de fazê-lo, para os inúmeros telefonemas, diretamente de Genebra, de nossa "cumadi" Kátia, que não vê a hora de vir a Brasília para conhecer pessoalmente seu lindo afilhado.
No dia-a-dia, a presença marcante de minha mãe, com seu suuuuuper-apoio, dos filhos Mariana e Pedro, que não páram de babar no irmãozinho, e da Zildete, nosso anjo da guarda, que tem o dom de cuidar. Aos finais de semana, a presença de Leo e Flora, irmãozinhos mais velhos e muito queridos.
Para essa semana que hoje se inicia, a previsão é de tranquilidade.
Quarta-feira chegará minha irmã, Danielle, que nos dará a imensa alegria de estar conosco algumas semanas, já que minha mãe já retornará a Maceió no próximo sábado.
Enfim, minha vida de mãe aos 40 tem transcorrido bem, com meu coração c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e repleto de amor e gratidão.
Reconhecendo algumas emoções de minha maternidade de Mari e Pedro (como é bom tê-los comigo vivendo cada momento dessa nova "viagem") e descobrindo muitas outras, que são únicas, nessa aventura maravilhosa.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Bruno: algumas imagens de seu primeiro dia de vida

Tomando o primeiro banho
 (foto: Mari)




Após primeiro banho
(Foto: Mari)

Fazendo sua primeira grande reflexão :-)
(Foto: Mari)

A maior emoção de todas

(10 de agosto de 2010)

Saindo do centro cirúrgico, com Bruno nos braços
Às 5h da manhã, estávamos a postos, prontos para sair de casa para o hospital.
A tensão era visível nas carinhas da Mari, de minha mãe e do Juarez. Mas estávamos bem-humorados.
Pedro ficou dormindo, pois ainda era muito cedo para acordar e ir à escola. Tínhamos nos despedido na véspera, já que não poderia faltar à aula por causa de uma atividade importante (apresentação da feira cultural).

Fomos os primeiros a ser atendidos no setor de internação. Foi rápido. Logo nos levaram para o quarto 351 e pediram que aguardássemos a chegada do médico, Dr. Guaraci.
Logo chegou uma auxiliar para me "preparar" e, um pouco antes das 7h, recebemos um telefonema dizendo que devíamos descer para o centro cirúrgico. Os médicos já estavam à espera.
Me despedi de minha mãe e de Mari e descemos (eu e Juarez).

Para quem ainda não entendeu o motivo da tensão em que todos estávamos envolvidos, explico: ano passado, tive trombose e minha gravidez era considerada de alto risco, tendo de fazer acompanhamento rigoroso e aplicação de medicação injetável anticoagulante durante toda gestação, o que, como sabem, pode acarretar em maior risco de hemorragia pós-cirúrgica.
Mas meus médicos tomaram absolutamente todos os cuidados e suspendi a medicação 24h antes do parto. Estava tudo muito controlado e assim foi durante todo o período gestacional.

Quando chegamos no centro cirúrgico, Juarez foi se vestir e eu segui com a auxiliar de enfermagem para a sala do parto.
Lá já estava Dr. Guaraci, que fazia aniversário nesse dia, e logo chegou seu assistente, Dr. Valdeci. O anestesista ainda não chegara.

Nesse momento, comecei a me concentrar na respiração e a repetir o mantra indicado por Susan, Baba Nam Kevalam.

O anestesista, Dr. Sérgio, chegou e logo se aproximou para uma conversa comigo.
Fez algumas perguntas sobre a gravidez e alergias e ocorrências etc. etc. E me explicou sobre as duas anestesias, peridural e raqui, entre as quais teríamos de optar por uma. Ao final da conversa, a escolhida foi a raqui, pois utiliza quantidade bem menor para um efeito de interrupção imediata da sensibilidade da cintura para baixo.

Gostei muito desse médico.
Tinha voz tranquila, transmitia confiança, segurança.

Iniciamos, então, o procedimento.

Eu estava tensa, com medo. Mas pensava no bebê, sabia que devia me acalmar, respirar, oxigenar, enviar todos os pensamentos e sentimentos amorosos para ele no momento do nascimento.
Juarez estava na sala, presente, me passando uma força imensa. Foi muito importante ele estar lá.

Já passava das 7h20 quando iniciamos a anestesia.
É chatinho... temos de ficar sentadas, a injeção é aplicada na coluna. Dr. Sérgio tocava um ponto das minhas costas e pedia que eu arqueasse aquele lugar ao máximo. Imediatamente após a aplicação, deitei, colocaram aquele “pano” para tapar a visão da barriga, a pediatra, Dra. Abadia, veio ao meu lado se apresentar e dizer que receberia nosso bebê e os médicos iniciaram a cirurgia.

O anestesista ao meu lado, orientando que respirasse fundo, levando oxigênio para o útero.

Baba Nam Kevalam, Baba Nam Kevalam, Baba Nam Kevalam, Baba Nam Kevalam...

Ouvi um choro!!! Começo a chorar junto.

Perguntei a Dr. Sérgio a hora. 7h48.

Trouxeram Bruno para pertinho do meu rosto... senti seu cheiro, pele com pele, pura emoção e lágrimas. Ele já não chorava. Juarez conosco também muito emocionado.

Colocaram o bebê no meu peito e ele rapidamente começou a sugar. Perfeito!

Dra. Abadia disse que o levaria para limpar. Juarez foi junto com eles.

A cirurgia continuava. Fiz laqueadura, por isso demorou um pouco mais.
Mas não muito.
Logo já estava tudo pronto, sem nenhum problema adicional, sem hemorragias, tudo lindo.

Esperamos eu começar a sentir minhas pernas para ser levada ao quarto.

Colocaram Bruno deitado ao meu lado (lindo!!!), com aquele cheirinho do qual NUNCA esquecerei, e seguimos eu, ele, Juarez e as enfermeiras.

No quarto, minha mãe, Mari, Flora e dona Clara aguardavam.
Todas felizes e aliviadas.
Era hora de descansar.

Logo chegariam Pedro, Leo e várias pessoas amigas e queridas que já não podiam mais esperar para ver o nosso pequeno leonino Bruno.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Momentos mágicos

Era noite de 9 de agosto.

Chegou em casa Daíla e, logo em seguida, Juarez e dona Clara, que acabava de pousar em Brasília para receber o neto.
Conforme o anunciado, Dadá fez em mim uma aplicação de Reiki, o que certamente contribuiu para que eu e Bruno ficássemos mais centrados e focados no processo do nascimento. Para mim, o parto começou naquele momento.
Em seguida, fomos à mesa fazer um lanche enquanto esperávamos que Susan Andrews (que chegava a Brasília para mais uma missão em torno do FIB - Felicidade Interna Bruta) e Michelle também chegassem para compartilhar a mesa conosco.
Por volta das 21h, recebo uma mensagem de Michelle dizendo: "Lá vem ela, flutuando...". Era Susan que chegava no aeroporto de Brasília. A imagem foi bem apropriada. Disse isso à Michelle.
Coloquei um cd de mantras, o que mais gosto, comprado no Parque Visão Futuro, quando estive lá em fevereiro.
Em mais alguns minutos, Susan chegou (flutuando, como bem disse Michelle, que preferiu não subir até nosso apartamento - só deixou Susan e foi para casa descansar).
Fui à porta recebê-la, entrou na sala e logo parou, procurando pela música. Perguntou: "Você sabe que música é essa?" Respondi, inocentemente, que era um mantra que gostava muito e que havia comprado o cd lá no Parque. Ela, emocionada, falou: "Essa música foi feita para bebês! É como uma canção de ninar em sânscrito. Tem uma história linda sobre ela, que vou contar a vocês. Você não sabia mesmo disso? É impressionante como ela está tocando exatamente agora!!!".
Ficamos todos fortemente mexidos.
Levamos Susan para guardar suas malas no quarto do Bruno, onde dormiria nas próximas duas noites, e voltamos à mesa para as apresentações e para finalizar nosso lanche.
Estávamos, então, eu, Susan, Daíla, Mariana, Ana Alice (minha mãe), dona Clara, Pedro e Juarez.

E ouvimos a história do belo e poderoso rei indiano que conheceu uma lindíssima iogue, que vivia na floresta, e não sossegou enquanto não casou com ela.
Para isso, aceitou a condição e fez o acordo de que ela seria sempre a responsável pela educação dos filhos e que ele jamais interferiria.
E assim, aconteceu o casamento.
Logo tiveram o primeiro filho.
Um lindo menino.
A mãe recolheu-se com o bebê e sempre cantava a música "Suddhosi", sem que o pai pudesse interferir.
O menino cresceu e decidiu ir morar na floresta, para tristeza do pai.
Tiveram, então, outro filho e o mesmo se deu.
O rei ainda tentou convencer a esposa de que deixasse que ele o educasse, pois precisava de um herdeiro para seu reino, mas ela não abriu mão e sempre o lembrava do acordo que haviam feito.
O segundo filho, então, também cresceu e decidiu ir viver na floresta.
Mais uma vez, a rainha engravidou e teve outro menino, lindo, forte, inteligente.
Logo que nasceu, a mãe iogue iniciou seu processo educativo cantando "Suddhosi" para ele todos os dias.
Mas o rei não aceitava mais aquela situação e resolveu tomar o menino para si e educá-lo para ser o próximo rei.
A mãe, então, tendo sido o acordo descumprido, foi embora do reino e retornou à floresta.
Mas, antes de ir, colocou em seu filho um anel, que continha uma mensagem.
O menino cresceu, educado pelos princípios do poder e ambição e tornou-se o novo rei.
Era um rei autoritário e cruel e não foi amado por seu povo.
Com o passar do tempo, foi deposto e expulso do reino.
Sem ter para onde ir, foi para a floresta.
Já na floresta, olhou para seu anel e descobriu nele a mensagem de sua mãe, que dizia: "Isso também passará". E ainda, "procure ficar sozinho; se não puder, fique sempre em boa companhia".
Nesse momento, ele foi iluminado e passou por profunda transformação, compreendendo o que sua mãe cantava em "Suddhosi".
Com o passar do tempo, sabendo de sua transformação, o povo de seu antigo reino o procurou e o reconduziu ao reinado, missão que assumiu e honrou, baseado então em novos valores.

Foi ouvindo essa história, ao som de "Suddhosi", que acabamos nosso lanche e nos despedimos para dormir (no dia seguinte, 10 de agosto, Susan ainda cantaria "Suddhosi" para Bruno, no hospital).
Mas ainda antes de irmos deitar, Susan me orientou para a hora do parto. Disse que o seu Baba recomendava que, na hora do nascimento dos bebês, as mães deveriam se concentrar no ponto entre as sobrancelhas (sexto chakra) e repetir mentalmente o mantra do amor "Baba Nan Kevalam" (Tudo é expressão do amor supremo).
Com isso, senti-me mais tranquila, o coração transbordando de muito amor.

E fui deitar, esperando que o relógio marcasse 4h30 para levantar e irmos para o hospital.

Suddhosi

Suddhosi buddhosi niranjanosi
Sam'sara máyá parivartatosi
Sam'sara svapnan'
Tyajamoha nidram'
Madalasa uvacha sa putram

Traduzindo:

Acalanto
Você é completamente puro, a Consciência Divina,
Imaculado, sem defeito
O universo vibracional é uma ilusão
em constante mutação
Este oceano de ondas é um sonho
Desperta deste sono do apego
Assim, Madalasa canta a seu filho

PS. Para quem quiser escutar a linda melodia, sugiro que entre no site http://www.matrika.com.br e clique no número 5 que está no canto direito inferior da página.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Silêncio também é mensagem

Sim, a falta de novas postagens, em todos esses dias, devem comunicar a intensidade com que vivenciamos cada minuto passado.
No momento, estou em casa, olhando para o pequeno Bruno, que dorme ao meu lado, enquanto retomo os "escritos".
Amanhã faz uma semana que ele nasceu.
Eram 7h48 do dia 10 de agosto de 2010.
Mas esse é um tema que tratarei no próximo post, de maneira especial.
Vim, hoje, só para dizer que estou a postos para a continuidade dessa dupla aventura - vivenciar e registrar.
Aproveito a nostalgia decorrente da primeira viagem do Juarez depois do nascimento do nosso filhote para transformar a saudade em nova criação.
Quem sabe assim alivia também a dorzinnha tão profunda decorrente da falta que ele faz ao nosso lado.
E, amanhã, será a primeira consulta do Bruno com o pediatra e também irei ao obstetra, tirar os pontos da cirurgia.
Na volta, teremos vários temas para tratar.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Vésperas

É estranho olhar para o relógio e pensar que, daqui a 12 horas, estarei na sala de parto, prontinha para ver o rostinho do Bruno.
O parto está marcado para amanhã às 7h. Para isso, temos de chegar no Hospital Santa Lúcia às 5h30.
Claro que não será exatamente uma noite de "sono", não é?
Mas... faz parte.

Já está quaaase tudo pronto.
Sábado, chegou a minha santa mãezinha (como ela mesma "assina"), que aqui ficará até o final de agosto.
Hoje, daqui a pouco, estará em Brasília também a minha sogra, d. Clara, que também celebrará conosco a chegada do neto mais novo.
Além da presença e da força das boas energias das avós, estarão à espera do irmão Flora, Leo, Mariana e Pedro.
Eu e Juarez, na sala do parto.

A malinha do baby, eu a Mari arrumamos há vários dias.
A minha, fui arrumando durante a semana passada (mas ainda faltam algumas coisinhas...).

Comecei o dia fazendo a última aula de hidroginástica, com a amiga Tati, grávida da pequena Bárbara, e minha mãe. Foi bom.

Durante todo o dia, recebemos muitas mensagens.
Foram emails, telefonemas, comentários ao blog, todos desejando uma "boa hora" para a chegada do Bruno.
Pessoas amigas e queridas que estão conectadas com nosso momento especial de vida.

E, para fechar com chave de ouro o dia, receberemos duas visitas especiais.
A primeira, nossa amiga Dadá, que chegou ontem do Uruguai e estará aqui em casa daqui a pouquinho para um lanchinho e uma sessão de Reiki.
Em seguida, chegará a querida Susan Andrews, que estará em nossa casa até quarta-feira, chegando de São Paulo para a realização de várias reuniões em Brasília e, claro, receberá também nosso filhote Bruno, com sua energia poderosa e positiva.

Enfim, a véspera também está repleta de boas emoções.
Que venha a terça-feira, trazendo Bruno e mais alegrias.
Grata a tod@s que nos enviaram mensagens tão ricas e especiais.

domingo, 8 de agosto de 2010

Depois de amanhã

Lembro que, quando criança, no momento em que podia dizer que algo aconteceria "depois de amanhã" era porque realmente estava muito perto...
Pois é, depois de amanhã o Bruno, nosso filho (meu e do Juarez) nascerá!
Agora já não posso dizer que ainda falta muuuito tempo, como fiz no último mês, principalmente para as amigas Bel e Michelle.
Chegou a hora de assumir a ansiedade... claro, não só isso.
É uma mistura de sentimentos e também de sensações físicas.
Uma alegria só de imaginar que, em dois dias, nosso bebê estará aqui conosco...
Enfim, nessa profusão de expectativas e movimentos (Bruno tem mexido muito nos últimos dias), resolvi começar a escrever sobre essa experiência maravilhosa de maternidade, para mim inesperada, aos 40 anos.

"Fazer o blog" não foi uma decisão tão simples. Mas, confesso, a pressão era grande.
Recebi vários "modelos" de blogs lindos, que adorei ler e com os quais tive grandes aprendizados.
Sim, porque não é pelo fato de ser mãe de Mariana (18 anos) e de Pedro (16 anos), que me sinto "escolada" na arte da maternidade. Também, tantos anos depois!!!
Mas, voltando ao assunto dos blogs, foi grande a pressão para que eu fizesse os meus registros e compartilhasse com os familiares, amigos e as amigas.
Vamos ver se agora, diante da proximidade do "fato", eu consigo fazê-lo.
Não deixa de ser uma exposição grande mas, por outro lado, é uma forma de homenagear o nosso novo filhote, de registrar minha nova aventura nesta vida e também de compartilhar e me abrir para uma troca com tantas pessoas queridas que não estão aqui em Brasília, vivenciando mais de perto conosco essa linda experiência.
Hoje, domingo 8 de agosto, é o início de uma nova semana que, certamente, marcará para sempre a minha vida. Bom ter você como companheir@ nessa viagem.